A história de Moisés é extremamente relevante para todos nós, cristãos. Por meio de sua vida, Deus libertou o povo da escravidão do Egito, enviou as dez pragas, dividiu o mar e escreveu os dez mandamentos.
Ele foi o quarto patriarca mencionado na Bíblia e realizou notáveis feitos durante o seu tempo no Egito e no deserto.
Portanto, é fundamental conhecermos melhor a história desse grande homem de Deus, Moisés.
Juventude de Moisés
Desde o seu nascimento, a vida de Moisés foi marcada por milagres. Embora o faraó tenha ordenado que todas as parteiras matassem os meninos recém-nascidos, graças à misericórdia de Deus e ao grande chamado em sua vida, Moisés sobreviveu.
Sua mãe, Joquebede, conseguiu escondê-lo por três meses, mas depois o colocou em um cesto de junco e o deixou no rio.
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A filha do faraó, que estava se banhando nas proximidades, viu o cesto e pediu a suas criadas que o pegassem.
Quando ela percebeu que o bebê era um dos filhos das hebreias, ela mandou chamar a mãe do menino e pediu que ela o criasse até que ele pudesse ser adotado.
Quando Moisés cresceu, Joquebede o levou até a filha do faraó, que o adotou e lhe deu o nome de Moisés, que significa “tirado das águas”.
Moisés mata um egípcio e Foge
Moisés tinha liberdade para fazer o que quisesse por pertencer à família real da época.
No entanto, um dia, ao caminhar, presenciou um soldado egípcio maltratando um de seus irmãos hebreus. Com nenhum egípcio por perto, Moisés matou o homem e escondeu seu corpo na areia.
Alguns dias depois, ele testemunhou dois irmãos hebreus brigando e os questionou, mas eles revelaram seu terrível segredo.
Quando Faraó soube da astúcia de Moisés, ordenou sua morte, mas ele conseguiu fugir para a terra de Midiã. Lá, Moisés defendeu algumas mulheres que estavam sendo expulsas de um poço por pastores de ovelhas e ofereceu água para o rebanho delas.
Essas mulheres eram filhas de Jetro, um sacerdote local, que ficou impressionado com a bondade de Moisés e o convidou para morar com eles, dando-lhe a mão de sua filha Zípora.
O chamado de Moisés
Passou um tempo desde que Moisés fugiu do Egito e o Faraó morreu. O povo hebreu, sofrendo cada vez mais na escravidão, clamou a Deus. Ao ouvir o clamor do seu povo, Deus lembrou-se da promessa que fez a Abraão, Isaque e Jacó.
Foi nesse contexto que Moisés teve sua primeira experiência com Deus, quando viu uma sarça em chamas e foi chamado pelo Senhor:
Ali o Anjo do Senhor lhe apareceu numa chama de fogo que saía do meio de uma sarça. Moisés viu que, embora a sarça estivesse em chamas, não era consumida pelo fogo.
“Que impressionante”, pensou. “Por que a sarça não se queima? Vou ver isso de perto.”
O Senhor viu que ele se aproximava para observar. E então, do meio da sarça Deus o chamou: “Moisés, Moisés”
“Eis-me aqui”, respondeu ele. — Êxodo 3:2-4
Durante essa conversa, Deus convoca Moisés a voltar ao Egito e libertar seu povo da escravidão.
No entanto, Moisés, que tinha dificuldade em falar, questiona se seria capaz de realizar essa tarefa. Durante a mesma conversa, Deus passa todas as instruções a Moisés e ainda mostra dois sinais que ele deve apresentar ao Faraó:
Primeiro sinal:
Então o Senhor lhe perguntou: “Que é isso em sua mão?”
“Uma vara”, respondeu ele.
Disse o Senhor: “Jogue-a ao chão”.
Moisés jogou-a, e ela se transformou numa serpente. Ele fugiu dela, mas o Senhor lhe disse: “Estenda a mão e pegue-a pela cauda”. Moisés estendeu a mão, pegou a serpente e esta se transformou numa vara em sua mão — Êxodo 4:2-4
Segundo Sinal:
Disse-lhe mais o Senhor: “Coloque a mão no peito”. Moisés obedeceu e, quando a retirou, ela estava leprosa; parecia neve.
Ordenou-lhe depois: “Agora, coloque de novo a mão no peito”. Moisés tornou a pôr a mão no peito e, quando a tirou, ela estava novamente como o restante da sua pele. — Êxodo 4:6-7
Libertação do Povo Hebreu do Egito
Moisés é considerado uma figura de grande importância na história bíblica, pois Deus o escolheu para liderar o povo de Israel para fora da escravidão no Egito. Deus realizou muitos feitos através da vida de Moisés, que culminaram na libertação do povo hebreu.
No entanto, mesmo depois de Deus enviar 10 pragas para o Egito, o Faraó ainda resistia em deixar o povo ir. Foi somente após a morte dos primogênitos que o Faraó percebeu que não poderia mais negar a partida do povo de Israel.
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Após a partida, o povo liderado por Moisés enfrentou o desafio de atravessar o Mar Vermelho.
Com a ajuda de Deus, Moisés tocou seu cajado na água e o mar se abriu, permitindo que o povo atravessasse a pé enxuto. A passagem foi acompanhada pelo anjo do Senhor, que ia à frente do povo.
Quando os egípcios decidiram atacar o povo na passagem, o anjo do Senhor mudou de posição e se colocou atrás do povo, fazendo com que as águas se fechassem em cima dos egípcios, eliminando todos os perseguidores.
40 anos no Deserto
A peregrinação de quarenta anos do povo de Israel no deserto é um testemunho do coração duro do povo, que mesmo depois dos milagres realizados por Deus no Egito, continuavam a blasfemar contra o Senhor.
Ainda assim, Deus acompanhou o povo durante todo o caminho, fornecendo-lhes orientação através de uma coluna de nuvens durante o dia e uma coluna de fogo durante a noite, para guiá-los na direção correta.
A bondade de Deus também se manifestou na preservação dos pertences do povo. Durante toda a jornada, suas roupas e sapatos nunca se desgastavam, graças à bênção divina.
Infelizmente, o coração amargo do povo os levou a blasfemar contra Deus, levando-o a ameaçar a morte de todos.
No entanto, Moisés, um homem justo e piedoso, intercedeu pelo povo e Deus os perdoou.
Moisés liderou o povo com sabedoria e autoridade, sendo o intermediário entre Deus e o povo. Seu relacionamento com Deus era incomparável, e ele foi o único a ter tal relacionamento naquela época.
A história de Moisés e do povo de Israel é um lembrete de como o coração humano pode ser duro, mas também de como a bondade e a misericórdia de Deus são infinitas.
A terra Prometida
Durante a peregrinação no deserto, o povo de Israel demonstrou repetidamente uma atitude de rebeldia e descrença em Deus. Tamanha foi a gravidade dessa situação que Deus decidiu que a geração que saiu do Egito não entraria na terra prometida, sendo somente a próxima geração contemplada com essa bênção.
Entretanto, mesmo Moisés, que liderou o povo durante todos esses anos, não pôde entrar na terra de Canaã devido a um ato de desobediência ao Senhor.
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Em um momento de crise em que o povo estava sem água, Deus instruiu Moisés a falar com uma rocha e ordenar que ela desse água.
Contudo, Moisés agiu com impulsividade e desobedeceu a instrução divina, batendo na rocha ao invés de falar com ela.
Apesar de Deus realizar o milagre e providenciar a água para o povo, Ele repreendeu Moisés pela sua desobediência e afirmou que ele não entraria na terra prometida.
O Senhor, porém, disse a Moisés e a Arão: “Como vocês não confiaram em mim para honrar minha santidade à vista dos israelitas, vocês não conduzirão esta comunidade para a terra que dou a vocês”.
Essas foram as águas de Meribá, onde os israelitas discutiram com o Senhor e onde ele manifestou sua santidade entre eles. — Números 20:12-13
A morte de Moisés
Segundo as escrituras sagradas, a morte de Moisés foi um evento singular e profundo na história do povo de Israel.
De acordo com a bíblia, Moisés morreu com a idade de 120 anos. Ele liderou o povo de Israel durante quarenta anos no deserto, guiando-os com sabedoria, disciplina e uma visão inabalável.
Sua morte foi marcada por uma série de eventos importantes, que mostraram o quão grande foi a sua importância para o povo.
Antes de sua morte, Moisés subiu ao monte Nebo, localizado no atual território da Jordânia. Do alto da montanha, ele viu a terra prometida que Deus havia prometido a ele e ao seu povo. Embora Moisés não tenha entrado na terra prometida por causa de um erro que cometeu, ele teve o privilégio de contemplá-la de longe.
Naquele momento, Deus se aproximou de Moisés e lhe disse que ele deveria morrer ali mesmo, no topo da montanha.
A morte de Moisés foi um momento triste para o povo de Israel, que perdeu um líder excepcional e amado. Mas também foi um momento de reflexão e renovação, pois o povo sabia que a visão e os ensinamentos de Moisés continuariam através da vida de Josué, seu sucessor.