Parábola do Fariseu e do Publicano – Explicada com 6 Lições

A parábola do fariseu e do publicano é uma narrativa encontrada no Evangelho de  Lucas 18:9-14. 

Essa parábola foi contada por Jesus para ilustrar uma lição sobre humildade e justiça perante Deus. 

Nesta parábola, Jesus contrasta a atitude de um fariseu e a de um publicano durante a oração no templo. 

O fariseu, que era conhecido por sua devoção religiosa, orgulha-se de suas boas ações e compara-se favoravelmente aos outros. Ele confia em sua própria justiça e se vangloria de suas práticas religiosas.

Por outro lado, o publicano, que era coletor de impostos e muitas vezes visto como pecador público, aproxima-se de Deus com humildade e reconhecimento de sua própria pecaminosidade. 

Ele não ousa elevar os olhos para o céu, batendo no peito em sinal de arrependimento, pedindo a misericórdia de Deus.

Essa parábola do fariseu e do publicano nos traz muitas lições importantes, mas antes de abordarmos essas lições. Devemos entender quem eram os fariseus e os publicanos nos tempos de Jesus. 

Parábola do fariseu e do publicano

Quem eram os Fariseus ?

Os fariseus, um grupo proeminente na sociedade judaica durante o período do Segundo Templo, desempenharam um papel significativo nos relatos bíblicos, especialmente durante a vida de Jesus no primeiro século d.C. 

Originado da palavra hebraica que significa “separados” ou “devotos”, o termo “fariseu” reflete a dedicação distintiva desse grupo à observância estrita da Lei e das tradições religiosas judaicas.

Sua devoção à Lei de Moisés era notória, destacando-se pela meticulosidade com que buscavam cumprir cada detalhe. 

Os fariseus eram estudiosos dedicados das Escrituras, aplicando-se na interpretação e prática da Lei escrita. 

Além disso, valorizavam as tradições orais, que eram interpretações adicionais transmitidas oralmente e consideradas igualmente importantes.

Os fariseus desempenhavam um papel de liderança religiosa e eram frequentemente respeitados como professores da lei. 

Sua influência se estendia às sinagogas e comunidades locais, onde ensinavam e lideravam em questões de fé e prática religiosa.

Contudo, apesar de sua busca por retidão, Jesus frequentemente os criticava em seus ensinamentos. 

>> Melhores Bíblias de estudo feminina

Ele os acusava de hipocrisia, indicando que, embora cumprissem externamente a Lei, muitas vezes falhavam na verdadeira justiça e amor. 

Em várias passagens dos Evangelhos, Jesus os adverte contra a ostentação de sua piedade e os convida a uma abordagem mais interior e genuína da fé.

Os fariseus também eram ativos na sociedade política e religiosa de seu tempo, e alguns desempenhavam papéis no Sinédrio, o tribunal judaico. 

Embora houvesse variação entre os fariseus, como em qualquer grupo, geralmente eram vistos como representantes da ortodoxia judaica da época.

Quem eram os Publicanos ?

Os publicanos, personagens recorrentes nos relatos do Novo Testamento, eram coletores de impostos que desempenhavam uma função específica na sociedade judaica durante o primeiro século d.C., no período em que Jesus viveu. 

Sua atividade profissional, embora crucial para a administração fiscal, colocava-os em uma posição social delicada.

Os publicanos eram encarregados de coletar tributos, tarifas e impostos em nome do governo romano, que dominava a região. 

Essa tarefa os colocava em uma posição delicada diante da sociedade judaica, uma vez que sua atividade envolvia a colaboração com o poder ocupante romano. 

Essa associação com o inimigo estrangeiro os tornava alvos de desconfiança e estigmatizarão por parte de muitos judeus.

>> Parábola do Joio e do Trigo: O Ensinamento Sobre o Reino do Céu

A desconfiança em relação aos publicanos era alimentada pela percepção de que, ao coletar impostos para os romanos, estavam contribuindo para a exploração e opressão do povo judeu. 

Além disso, muitos publicanos eram conhecidos por cobrar mais do que o necessário, beneficiando-se financeiramente às custas de seus compatriotas.

Essa estigmatização social era evidente em vários relatos bíblicos. 

Os publicanos eram frequentemente mencionados em contraste com figuras religiosas e respeitadas, como fariseus. 

Em muitas passagens, Jesus é retratado interagindo com publicanos, o que era visto como uma quebra das normas sociais estabelecidas.

Apesar de sua má reputação, Jesus, em seus ensinamentos, muitas vezes destacava a possibilidade de redenção para os publicanos. 

Ele compartilhava refeições com eles e os incluía em suas parábolas, transmitindo a mensagem de que a misericórdia divina estava acessível a todos, independentemente do passado ou da ocupação profissional.

Lições que Podemos aprender com essa parábola:

A parábola do fariseu e do publicano, oferece diversas lições valiosas que ainda são relevantes para os dias de hoje. 

Aqui estão algumas das principais lições que podemos extrair dessa narrativa:

1. Humildade na Oração:

   A parábola destaca a importância da humildade na oração. Enquanto o fariseu orava com presunção e autojustificação, o publicano se aproximava de Deus com humildade, reconhecendo sua própria pecaminosidade. Isso nos lembra da necessidade de nos aproximarmos de Deus com um coração humilde em nossas orações.

2. Evitar a Auto justificação:

  A autojustificação pode nos levar à arrogância espiritual. O fariseu confiava em suas próprias obras e se vangloriava diante de Deus. A parábola nos adverte sobre o perigo de confiar em nossa justiça própria, destacando a importância de depender da graça e da misericórdia de Deus.

3. Julgamento Imparcial:

  A parábola chama a atenção para a necessidade de evitarmos julgamentos precipitados. O fariseu julgou o publicano com base em estereótipos e preconceitos, enquanto Deus viu o coração de cada um. Isso nos incentiva a adotar uma postura de humildade e evitar julgar os outros com base em aparências externas.

4. Aceitação da Condição Humana:

   A história destaca que todos têm falhas e imperfeições. O publicano, mesmo sendo um coletor de impostos visto como pecador público, encontrou aceitação diante de Deus ao reconhecer sua necessidade de misericórdia. Isso nos lembra de que todos precisamos da graça divina, independentemente de nossa posição social ou histórico.

5. A Importância do Arrependimento:

   A atitude do publicano, batendo no peito e pedindo misericórdia, reflete o arrependimento genuíno. A parábola enfatiza a importância do arrependimento como uma resposta apropriada diante da santidade de Deus.

6. Exaltação pela Humildade:

   A parábola conclui com a afirmação de que aquele que se exalta será humilhado, e aquele que se humilha será exaltado. Isso ressalta a ideia de que Deus valoriza a humildade genuína, em contraste com a arrogância e a auto exaltação.

Essas lições da parábola do fariseu e do publicano fornecem orientações espirituais essenciais, promovendo uma compreensão mais profunda da relação entre a humanidade e Deus, destacando a importância da humildade, da graça e do arrependimento.

>> Parábola do Semeador: Uma lição atemporal da Palavra de Deus

FAQ Perguntas Frequentes:

o que jesus disse ao publicano ?

Em Lucas 18:13, Jesus conta a parábola do fariseu e do publicano. O publicano, ciente de sua necessidade de misericórdia, bate no peito e clama: “Ó Deus, tem misericórdia de mim, pecador.” Jesus elogia essa humildade, indicando que o publicano, contrito, sai justificado diante de Deus, em contraste com a arrogância do fariseu.

o que aprendemos com a parábola do fariseu e do publicano ?

A parábola do fariseu e do publicano, em Lucas 18, ensina sobre a importância da humildade espiritual. Enquanto o fariseu se vangloria de suas boas obras, o publicano reconhece sua condição de pecador e implora por misericórdia. Jesus destaca que a humildade é valorizada por Deus, e aqueles que se exaltam serão humilhados, enquanto os humildes serão exaltados.

O que é oração de fariseu ?

O termo “oração de fariseu” refere-se a uma oração ostensiva, hipócrita e vaidosa, sem verdadeiro arrependimento. Originado de uma parábola de Jesus, destaca a importância da humildade na oração, condenando a arrogância religiosa.


➣ Curso de Teologia Online

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

três × 3 =