Jezabel se destacou como uma das rainhas mais cruéis de Israel, sendo esposa do rei Acabe, o qual provocou a ira de Deus ao se entregar à idolatria a Baal, de acordo com a Bíblia.
Além disso, ela era filha de Etbaal, um rei Sidônio, e herdou a adoração a Baal de seu pai, exercendo assim uma influência significativa sobre o reinado de Acabe.
Durante o reinado de Acabe, houve uma total desobediência aos mandamentos de Deus, com a construção de inúmeros altares em Samaria para a adoração do deus pagão Baal.
Como consequência dessa grave blasfêmia, Deus enviou três anos de seca e fome sobre Israel como punição, período em que Jezabel revelou-se extremamente cruel, chegando ao ponto de ameaçar a vida do profeta Elias, um servo fiel de Deus, causando temor em seu coração diante de suas ameaças.
Jezabel e o Profeta Elias
A história de Jezabel e Elias é marcada por um intenso conflito entre a adoração a Deus e a idolatria pagã, representada por Jezabel e o culto a Baal.
Elias, um profeta destemido e comprometido, foi selecionado por Deus para confrontar a apostasia e a idolatria que permeavam o reino de Israel durante o reinado de Acabe e Jezabel.
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Elias desafiou Jezabel e os profetas de Baal de forma direta, desafiando-os a comprovar a supremacia de seu deus.
O confronto mais famoso ocorreu no Monte Carmelo.
Elias convocou o povo de Israel e os profetas de Baal para um desafio. Cada lado tinha que preparar um sacrifício, e o Deus que respondesse com fogo do céu seria considerado o verdadeiro Deus.
Os profetas de Baal passaram horas clamando e dançando ao redor do altar, mas Baal não respondeu.
Em contraste, Elias construiu um altar para o Deus de Israel, preparou o sacrifício e, para demonstrar a soberania de Deus, pediu que derramassem água sobre o altar e a oferta.
Mesmo com o altar encharcado, Deus enviou fogo do céu e consumiu o sacrifício, demonstrando seu poder e respondendo à oração de Elias.
Esse evento humilhou os profetas de Baal e expôs a falsidade do culto pagão incentivado por Jezabel.
No entanto, Jezabel não demonstrou arrependimento nem abandonou a adoração a Baal. Em vez disso, ela ameaçou Elias de morte, o que o levou a fugir para salvar sua própria vida.
A Manipulação contra Nabote
A história de Jezabel e Nabote está registrada no livro de 1 Reis, capítulo 21. Nessa narrativa, podemos observar a busca incessante de poder e ganância por parte de Jezabel, revelando sua maldade e manipulação.
Nabote, um israelita, possuía uma vinha localizada próxima ao palácio real. O rei Acabe, esposo de Jezabel e governante de Israel, alimentava uma forte cobiça por essa vinha, desejando ampliar seus jardins. Ele propôs a Nabote uma troca justa ou a compra da vinha.
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No entanto, Acabe fez uma oferta a Nabote, mas ele a rejeitou, pois sua família possuía a terra e a vinha como herança. De acordo com a lei israelita, era proibida a venda permanente de terras fora da família. Nabote valorizava sua herança e não estava disposto a renunciar a ela.
Jezabel, ao tomar conhecimento da recusa de Nabote, concebeu um plano maligno para ajudar seu marido a obter a vinha. Ela falsificou cartas em nome de Acabe, seladas com o selo real, e as enviou aos anciãos e nobres da cidade onde Nabote residia.
Por meio dessas cartas, Jezabel ordenou um jejum público e uma assembleia na qual acusariam Nabote de blasfêmia contra Deus e o rei. A conspiração incluía testemunhas falsas que dariam falso testemunho contra Nabote.
O astuto plano de Jezabel teve sucesso, resultando na condenação de Nabote à morte por apedrejamento com base nas falsas acusações.
Após a execução, ela comunicou a Acabe que a vinha agora estava disponível para ele.
Entretanto, Deus enviou o profeta Elias para confrontar Acabe e Jezabel pelo assassinato injusto de Nabote.
Elias proclamou o julgamento divino sobre a casa de Acabe, anunciando que cães lamberiam o sangue de Acabe em Jezreel e se alimentariam da carne de Jezabel.
A morte de Jezabel
Jezabel encontrou um trágico fim devido às suas ações malignas e cruéis. O profeta Elias havia profetizado sobre o sombrio destino que a aguardava, e suas palavras se concretizaram.
Conforme os relatos bíblicos registrados em 2 Reis, capítulo 9. Durante uma revolta em Jezreel, Jezabel se preparou para enfrentar sua iminente morte, pintando os olhos e adornando-se.
Quando Jeú, o comandante do exército, chegou ao palácio, Jezabel o insultou ao olhar pela janela. Em resposta, Jeú ordenou que seus servos a jogassem pela janela.
Ela caiu e os cavalos a pisotearam, espalhando seu sangue pelo chão, cumprindo assim a palavra de Deus e a profecia de Elias.
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Ao entrar no palácio, Jeú deparou-se com o corpo de Jezabel, notando que apenas seu crânio, pés e mãos restavam.
Essa imagem aterradora marcou o trágico desfecho de uma mulher conhecida por sua maldade e influência negativa.
A morte de Jezabel serve como um lembrete das consequências que aguardam aqueles que se envolvem em maldade, manipulação e idolatria.
Ela representa o cumprimento do juízo divino sobre ela e uma demonstração da justiça de Deus.